Esta morna que faz parte do meu tempo e das minhas memórias de menino e moço e a quem pego o título e faço um pseudo-poema em nov1975 a essa morna dedicada.
Ó Mar Eterno, mar eterno Que desde o início dos tempos perduras Canta-te em "Odisseia" Homero Heróis de fantásticas aventuras
E nas noites de tempo lançado Quero-te ouvir Ó Mar Eterno, Numa voz de hoje cantado. Na melancolia deste Inverno
No holocausto deste Inferno, Lava as chagas deste ser desmembrado, Que na terra foi lançado Pelo ventre materno.
Encerras dentro de ti A solução deste planeta incerto, De um passado que não vi, De um futuro, estranhamente perto
Se a guerra acabada, Um Homem não existir então, Gera outro com a Terra amada, E inicia uma nova geração.
Uma nova geração, oh mar Que só saiba o que é o amor!... Pois esta fez o seu lar, Sobre o ódio, egoísmo e dor.
... e nesse novo mundo amigo traz-me de novo contigo.
Nov. 1975
Mário Lima
Uma morna nunca esquecida mas também nunca mais ouvida. Hoje voltei a ouvir e na voz que me ficou sempre na memória, Mário de Melo.